Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Normativa facilita produção integrada da uva, por Celso Sgorla/Correio do Povo

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Em vigor a partir deste mês, atualização do regramento do Ministério da Agricultura, que existe desde 2016, torna menos oneroso o processo de certificação dos produtores de uvas destinadas à fabricação de vinhos e sucos | Foto: Alexandre Ravanello / Divulgação / CP

 

 

Desde a última sexta-feira, dia 1º de julho, está em vigor a Instrução Normativa nº 21 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que atualiza a regulamentação para a Produção Integrada de Uva para Processamento (PIUP). O sistema é de adesão voluntária e possibilita a certificação da produção de vinhos e sucos de alta qualidade. Prioriza a segurança do alimento, por meio do monitoramento de insetos e ácaros causadores de pragas e doenças, dando preferência a métodos seguros, com uso correto de agroquímicos, com foco na sustentabilidade e no aumento da rentabilidade, tornando o produtor mais competitivo. Para o consumidor, além de ter acesso à rastreabilidade das uvas e dos produtos elaborados, garante o acesso a alimentos com riscos de contaminação reduzidos, sejam de ordem química (resíduos de agrotóxicos, nitratos e outros), física (solo, vidro, metais e outros) ou biológica (dejetos, bactérias, fungos e outros).

A novidade da versão de 2022 é a flexibilização das regras para certificação, que antes exigiam auditoria individual da produção e, agora, permitem que esta seja feita em grupos, o que diminui custos e pode aumentar a adesão de agricultores e vinícolas. O pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Samar Velho da Silveira observa que a produção integrada resolve problemas de contaminação ambiental e também econômicos, pois o agricultor vai seguir os conceitos técnicos, respeitando a carência dos produtos e aplicando somente a concentração que o fabricante recomenda. “Adotar o sistema na prática é uma coisa, certificar é outra porque a certificação envolve custos, e não é sempre que o produtor ou a vinícola encontram um nicho de mercado que compense o custo”, completa.

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