Maior produtor mundial de soja, o Brasil está revisando o padrão oficial de classificação de sua principal commodity agrícola, representada na safra 2021/2022 por uma produção de 124,3 milhões de toneladas, de acordo com a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Após o término da consulta pública sobre as mudanças propostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que entre fevereiro e maio recebeu mais de 1,1 mil sugestões de agricultores e especialistas, o tema segue em discussão. A pasta agora planeja organizar seminários com o setor produtivo para chegar a um consenso sobre possíveis ajustes. A meta é que a próxima etapa do processo regulatório, a audiência pública, ocorra em outubro.
A proposta do Mapa estratifica a chamada soja comercial – destinada à indústria e à exportação – em cinco tipos de acordo com o percentual de grãos avariados encontrados nas amostras do produto, que varia de 8% a 18%, e prevê a redução do teor de umidade da oleaginosa de 14% para 13%. Para alinhar a produção local aos requisitos da China, o texto sugere ainda a criação de um grupo específico para a soja com altos teores de óleo e proteína. Principal importador da soja brasileira, o país asiático discute na Organização Mundial do Comércio (OMC) a revisão de seu próprio padrão de classificação.
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