Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Bolsonaro comete crimes em série, diz senador Randolfe Rodrigues, por Ana Viriato/Isto É

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Aguerrido em plenário e articulador de alguns dos principais reveses do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (REDE-AP) trabalha para tirar do papel a CPI do MEC, voltada à apuração de denúncias sobre o balcão de negócios instalado no Ministério da Educação. Para o parlamentar, a comissão, cuja instalação a base governista tenta adiar para depois das eleições, identificará a prática de crimes cometidos por Bolsonaro. O senador argumenta que já existem indícios robustos de que o presidente cometeu obstrução de Justiça ao alertar Milton Ribeiro que ele seria alvo de mandados de busca e apreensão, segundo relatou o próprio ex-ministro em uma ligação grampeada pela Polícia Federal. “Ninguém cometeu tantos crimes de responsabilidade em série quanto Bolsonaro”, disse Randolfe à ISTOÉ. O congressista acrescenta que a CPI é vital para proteger de eventuais interferências do Palácio do Planalto os desfechos da Operação Acesso Pago, que culminou na prisão de Milton e de pastores-lobistas, e pontua que o adiamento da apuração pelo Senado deixará sem escrutínio o desvio de bilhões de reais em esquemas irregulares perpetrados no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Para evitar a manobra da tropa de choque bolsonarista, o senador planeja acionar o STF.

O FNDE está no centro de dezenas de denúncias de irregularidades. O governo tem sido conivente com a corrupção no Ministério da Educação?
No MEC, temos um dos cenários mais claros da tragédia bolsonarista. Todos os ministros que lá passaram eram negacionistas da Educação ou ladrões. Se o esquema dos pastores Gilmar e Arilton era meio mambembe, de extorsão, de achaque mais puro, no FNDE a estrutura toma uma forma mais elaborada de corrupção, que ocorre por meio de fraudes a processos licitatórios e superfaturamentos, como na contratação de milhares de kits de robótica para escolas do interior de Alagoas que nem internet têm.

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