O anúncio de distribuição de dividendos recordes pela Petrobras agradou o mercado, mas gerou questionamentos sobre a estratégia da empresa, que reduziu investimentos e vem priorizando usar seu caixa para remunerar os acionistas, entre eles o governo.
Em teleconferência para detalhar o lucro de R$ 54,3 bilhões no segundo semestre de 2022, a direção da empresa defendeu que a distribuição de R$ 87,8 bilhões em dividendos não prejudica a saúde financeira da companhia. E adiantou que novos valores devem ser pagos este ano.
Com os dividendos do segundo trimestre, a Petrobras terá distribuído R$ 136,3 bilhões pelo desempenho no primeiro semestre de 2022. Precisando de dinheiro para bancar auxílios emergenciais e renúncias fiscais, o governo fica com quase R$ 40 bilhões.
Os valores do segundo trimestre estão “significativamente acima das expectativas do mercado”, nas palavras dos analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, do banco Goldman Sachs. As ações da estatal reagiram forte alta na Bolsa.
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