O Alface, abobrinha, batata-inglesa, brócolis, cebola, cenoura, couve, couve-flor, pepino, pimentão, repolho e – ufa! – tomate. Esses produtos da horta estão entre os itens que mais pressionaram o aumento de preços neste ano no segmento de alimentos e bebidas, apontado como um dos vilões da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A disparada é explicada por diferentes fatores, como a alta dos combustíveis, a ocorrência de chuvas e estiagens pelo país e a entressafra de inverno. Se, por um lado, o custo de verduras e legumes ainda pesa no bolso de grande parte dos brasileiros, levantamentos mostram que os valores das hortaliças vêm caindo e pode recuar ainda mais, tanto no atacado quanto na ponta do consumo.
De acordo com o último Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 19 de julho, os preços das hortaliças mais consumidas nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país devem se manter em queda. A pesquisa destaca a redução dos valores aplicados a batata, cebola, cenoura e tomate no atacado em junho. No caso da batata, o engenheiro agrônomo Adrik Richter, do Departamento de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), explica que a colheita em alguns estados derrubou os preços. “Tivemos um incremento de 140% na produção do Centro-Oeste. É muita oferta, e a tendência para agosto é seguir nessa linha de queda”, avalia.
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