Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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A rainha morreu: e agora? Conheça os detalhes da Operação “London Bridge”; por Carolina Botelho/SIC

Detalhes Notícia

 

Dez minutos depois da comunicação ao público pela imprensa, as bandeiras do Whitehall (tanto o governo propriamente quanto a rua em Westminster onde estão muitos dos edifícios dele) serão abaixadas a meio mastro. O parlamento do Reino Unido e as legislaturas descentralizadas na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte entram em recesso. Se o parlamento não estiver funcionando, será convocado.

O site da família real muda para uma página preta com uma breve declaração confirmando a morte da rainha. Os do governo do Reino Unido – GOV.UK – exibem um banner preto no topo.
O primeiro-ministro será o primeiro membro do governo a fazer uma declaração. O Ministério da Defesa faz salvas de tiros em todos os quartéis. Será anunciado um minuto de silêncio nacional. O primeiro-ministro fará uma audiência com o novo rei.

Às 18h, o rei Charles fará uma transmissão para a nação. Ao mesmo tempo, haverá um serviço de memória na Catedral de São Paulo, no coração de Londres. O primeiro-ministro e um pequeno número de ministros seniores estarão presentes. Na morte de Philip, o sino tenor da Abadia de Westminster tocou uma ver por minuto até chegar a 99, homenageando cada ano de vida.

CATEDRAL DE SÃO PAULO – maior igreja de Londres, fica em Ludgate Hill,no ponto onde se acredita ter sido erguida a primeira igreja da cidade, em 604 DC. A original foi destruída no incêndio de 1666. A nova catedral foi um dos marcos da reconstrução geral, Foi consagrada em 1695. A cúpula tem 111 metros e foi o edifício mais alto de Londres de 1710 a 1963. Sobreviveu à Blitz, embora atingida em 10 de outubro de 1940 e 17 de abril de 1941. É a cátedra do Bispo de Londres e recebe de 4 a 5 serviços por dia. Foi local dos serviços fúnebres do Almirante Lord Nelson, Duque de Wellington , Winston Churchill e Margaret Thatcher. Abrigou o casamento de Charles e Diana, em 1981. A última restauração ficou pronta em 2011. O primeiro órgão é de 1694. O Grand Organ tem 7256 tubos e foi concluído em 1872. O coro é de 1127. Atualmente tem 50 cantores e só vai admitir mulheres em 2025.

Dia D+1 – Às 10 horas, o Conselho de Adesão – que inclui Conselheiros Privados , Grandes Oficiais de Estado , membros da Câmara dos Lordes , o Lord Mayor (líder corporativo) da Cidade de Londres , os vereadores da Cidade de Londres , altos comissários dos reinos da Commonwealth – se reúne no Palácio de St. James para proclamar Charles como novo soberano. A proclamação será então lida no Palácio de St. James e no Royal Exchange (centro comercial existente desde 1571). Cavaleiros e os ministros devem vestir trajes matinais ou ternos com gravata preta ou escura. Nenhuma condecoração deve ser usada, a não ser por militares.

A proclamação será então lida no Palácio de St. James e no Royal Exchange, confirmando Charles como rei.O Parlamento reune-se para aprovar uma mensagem de condolências. Os deputados farão homenagens na Câmara dos Comuns.

Às 15h30, o primeiro-ministro e o Gabinete terão uma audiência com o novo rei. Os ministros serão instruídos a não trazerem seus cônjuges.

PARLAMENTO – Palácio de Westminster – na margem esquerda do Tamisa, reúne a Câmara dos Comuns e Câmara dos Lordes. O prédio foi construído no século 11, como residência real. Incendiado em 1512 e 1834. A atual estrutura levou 23 anos, finalizado em 1860. A Câmara dos Comuns foi destruída na II Guerra. O Big Ben fica na Elizabeth Tower, de 98 metros. Os ponteiros têm 5 e 3 metros. A rigor, o nome refere-se apenas ao sino, que pesa 15 toneladas. O sistema é de 1851 e toca a cada 15 minutos.
O caixão retornará ao Palácio de Buckingham. Se a rainha morrer em Sandringham, sua residência em Norfolk, leste da Inglaterra, seu corpo será transportado pelo trem real para a estação de St. Pancras, em Londres, onde seu caixão será recebido pelo primeiro-ministro e ministros. Se ela morrer em Balmoral, na Escócia, seu corpo será transportado preferivelmente para Londres pelo trem real (Operação UNICORN). Na Operação OVERSTUDY, será transferido de avião. O primeiro-ministro e os ministros irão receber o caixão.

Dia D+ 3 – De manhã, o rei Charles receberá a moção de condolências no Westminster Hall. À tarde, ele embarcará em um tour pelo Reino Unido, começando com uma visita ao parlamento escocês e um serviço na Catedral de St. Giles, em Edimburgo.

Dia D+ 4 – O rei Charles chegará à Irlanda do Norte, onde receberá outra moção de condolências no Castelo de Hillsborough e participará de um serviço na Catedral de St. Anne em Belfast. Haverá um ensaio para a Operação LION, a procissão do caixão do Palácio de Buckingham ao Palácio de Westminster.

Dia D+ 5 – A procissão do Palácio de Buckingham ao Palácio de Westminster acontecerá ao longo de uma rota cerimonial por Londres. Haverá um serviço no Westminster Hall após a chegada do caixão.

No Dia D+6, haverá um ensaio para o cortejo fúnebre

No Dia D+7, o rei Charles viajará para o País de Gales para receber outra moção de condolências no parlamento galês e participar de um serviço na Catedral de Liandaff, em Cardiff.

Dia D+10 – FUNERAL DE ESTADO- será realizado na Abadia de Westminster. Haverá um silêncio de dois minutos em todo o país ao meio-dia. As procissões ocorrerão em Londres e Windsor. Haverá um serviço na Capela de São Jorge no Castelo de Windsor, e a rainha será enterrada na Capela Memorial do Rei George VI do castelo