Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Lula e Bolsonaro fogem de detalhar compromissos sobre economia e combate à corrupção, por Bernardo Mello/O Globo

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Presidenciáveis acenam ao eleitorado cético sem comprometer engajamento das bases aliadas, na avaliação de especialistas. Lula e Bolsonaro se enfrentam no dia 30 após primeiro turno mais acirrado desde 1989 Miguel Schincariol/AFP e Evaristo Sá/AFP

 

 

Com receio de desgastes em um segundo turno que os apresenta com índices semelhantes de rejeição, o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) têm evitado detalhar propostas para a economia e o combate à corrupção, deixando brechas para mudanças e guinadas em discursos. Nas ocasiões recentes em que mencionaram publicamente pautas como a revisão da tabela do Imposto de Renda (IR), mudanças na regra do teto de gastos e o relacionamento com instituições como a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), os candidatos buscaram acenar com diretrizes sem se comprometer com uma fórmula específica. Para especialistas, ambos tentam acenar a um eleitor mais cético quanto a suas candidaturas sem desagradar as bases.

Lula reapresentou nesta semana uma proposta de aumentar a faixa de isenção no IR para R$ 5 mil, mirando um eleitorado de classe média. A ideia já havia sido trazida pelo ex-presidente no início da corrida eleitoral, mas foi deixada de lado após economistas ligados à campanha avaliarem que a iniciativa poderia não ter efeito prático para reduzir a concentração de riqueza, por implicar em reajustes de alíquotas também para outras faixas.

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