Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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R$ 5,5 bilhões em dívidas ameaçam deixar Brasil sem voto até na ONU, por Janaína Figueiredo/O Globo

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R$ 5,5 bilhões em dívidas ameaçam deixar Brasil sem voto até na ONU, por Janaína Figueiredo/O Globo Débitos já vinham de antes, mas se agravaram no governo Bolsonaro; país deve a 43 organizações internacionais. Assembleia Geral da Onu neste ano Ed JONES / AFP

 

 

O diagnóstico do gabinete de transição sobre o estado da política externa que o governo Jair Bolsonaro deixará para o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva inclui informações preocupantes sobre as dívidas do Brasil com organismos internacionais, que somam R$ 5,5 bilhões. O país está no vermelho na ONU, onde ocupa atualmente uma vaga rotativa no Conselho de Segurança (o mandato é de dois anos e termina no final de 2023), no Tribunal Penal Internacional (TPI) e na Organização Mundial do Comércio (OMC), em uma lista de 43 organizações multilaterais.

As mesmas fontes confirmaram que o recado dado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto foi de que este ano o país não conta com recursos para honrar seus compromissos. As dívidas, confirmaram fontes diplomáticas, começaram a se acumular no governo Dilma Rousseff, mas cresceram de forma expressiva durante a gestão de Bolsonaro. Na campanha presidencial de 2018, o presidente, em sintonia com o americano Donald Trump, questionou a presença do Brasil em foros multilaterais, aos quais o país foi deixando de pagar suas contribuições obrigatórias.

Apesar de pedidos feitos pelo Itamaraty, o Ministério da Economia sinalizou recentemente que não efetuará os pagamentos mínimos devidos, que somam R$ 1 bilhão, informou o gabinete de transição. “Além de abalar a credibilidade do país, a inadimplência do Brasil levará à aplicação de sanções, incluindo a perda de voto em órgãos de governança”, diz uma nota divulgada pelo gabinete de transição.

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