Maria Christina Mendes Caldeira é a primeira a admitir: nasceu para ser socialite. Oriunda de uma família de empreiteiros de São Paulo, teve uma educação requintada. Aprendeu diversos idiomas e viajou o mundo. “Tudo isto para algum dia ser a mulher ideal de um homem rico e poderoso”, afirma.
Teve três maridos, e o terceiro se encaixa nessa descrição: é o deputado federal Valdemar Costa Neto, líder do Centrão e presidente do PL, atual partido de Jair Bolsonaro. Aliás, foi graças a ele que o nome de Maria Christina começou a sair na imprensa fora das colunas sociais.
Já separada do parlamentar, ela deu um depoimento contundente à CPI do Mensalão, em 2005, denunciando falcatruas que teria presenciado enquanto estiveram casados. Valdemar acabou sendo condenado a sete anos e dez meses de reclusão, e preso em 2012. Em 2015, foi indultado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e retomou a sua carreira política.
Maria Christina se mudou para os Estados Unidos em janeiro 2017, onde diz ter conseguido asilo político. “Existem 22 queixas-crime do PL contra mim. Sofri três acidentes de carro. Num deles, em maio de 2009, capotei quatro vezes, depois de ser abalroada por um veículo que vinha a mais de 100 km por hora. E tive um revólver apontado para a minha cabeça uma dez vezes. Era um modus operandi. Antes de cada operação estourar, vinha alguém me ameaçar: ‘Se você falar alguma coisa, a gente te mata’.”
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