Porto Alegre, domingo, 22 de setembro de 2024
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CNJ começa a julgar 20 juízes e desembargadores por postagens político-partidárias nas redes sociais, por Paolla Serra e Daniel Gullino/O Globo

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Na primeira sessão no plenário do ano, nesta terça-feira, será debatido processo de infração disciplinar contra Ludmila Lins Grilo, do TJMG, por ataques a ministros do STF no Twitter. A juíza Ludmila Lins Grilo participa de audiência na Câmara dos Deputados . Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/27-08-2019

 

 

O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) começará a julgar nesta terça-feira uma reclamação disciplinar contra a juíza do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) Ludmila Lins Grilo, acusada de ter atacado ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em seu perfil nas redes sociais. Ela integra uma relação de 20 magistrados do país investigados pelo órgão por postagens politico-partidárias. Os procedimentos citam divulgações de notícias falsas, questionamentos ao processo eleitoral, ofensas e xingamentos a candidatos e até apoio a atos golpistas.

Parte dos profissionais investigados já recebeu sanções. De acordo com um balanço atualizado do Conselho, obtido com exclusividade pelo GLOBO, além de Ludmila, outros seis juízes e quatro desembargadores tiveram suas contas nas redes sociais bloqueadas em razão de manifestações políticas-partidárias, no ano passado.

Em setembro, Ludmila passou a ser investigada por “conduta nas redes sociais incompatível com seus deveres funcionais”. Segundo o despacho do corregedor do CNJ, ministro Luís Felipe Salomão, a juíza fez publicações com tom depreciativo sobre decisões do STF e da Justiça Eleitoral. Também pesa sobre “aparente tentativa de auxiliar” o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, alvo de inquéritos por disseminar desinformação e atacar integrantes da corte.

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