Porto Alegre, segunda, 23 de setembro de 2024
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Empresas enfrentam maior onda de recuperações judiciais em três anos após ressaca da pandemia, por Márcia De Chiara e Lucas Agrela/O Estado de São Paulo

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Puxadas por grandes como Americanas e Oi, 92 companhias pediram à Justiça proteção para renegociar dívidas em janeiro, segundo dados da Serasa; tendência é de aceleração nos próximos meses. Foto: Divulgação

 

 

A onda de recuperação judicial esperada para 2020, por causa das restrições da pandemia, chegou com quase três anos de atraso. Nos últimos meses, as empresas tiveram de conviver tanto com o fim dos programas governamentais e o vencimento de dívidas renegociadas no passado pelos bancos quanto com juros altos (Selic de 13,75%, a maior desde 2017), inflação pressionada e consumo fraco.

Nesse cenário, companhias recorrem à Justiça para ganhar tempo, arrumar a casa e preservar o negócio. Em janeiro, o volume de recuperações judiciais requeridas foi o maior para o mês em três anos, segundo dados da Serasa Experian. E a perspectiva, segundo consultorias, é que haja um boom de pedidos de recuperação e de falências no primeiro quadrimestre.

Pesos-pesados do mercado e empresas tradicionais deram mostras de esgotamento financeiro. A Oi, que saiu da recuperação judicial em dezembro, fez um pedido de tutela à Justiça que indica uma segunda recuperação para honrar as dívidas da primeira. A DOK Calçados, dona da Ortopé, entrou com o pedido de proteção judicial contra seus credores.

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