Porto Alegre, segunda, 23 de setembro de 2024
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Aves de rapina, as guardiãs dos arrozais do Irga, por Lucas Keske/Correio do Povo

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Falcões e gaviões são o meio mais eficiente e ambientalmente correto para afugentar pássaros que se alimentam de arroz e atacam lavouras do instituto | Foto: Mauro Schaefer

 

 

O arroz tem uma característica diferente dos demais grãos produzidos no Brasil, uma vez que é cultivado em terreno bastante úmido e muitas vezes inundado. Além de tornar as plantações facilmente identificáveis, manter o arroz irrigado permanentemente dificulta a germinação de plantas daninhas que competiriam pelos nutrientes do solo. A planta respira por uma estrutura chamada de aerênquima, que capta o oxigênio da atmosfera e o leva para as células das raízes, diferente dos demais grãos que respiram pelas raízes. A técnica de plantio também acompanha outros benefícios como o controle da temperatura do solo, o controle do pH de solos ácidos e o aumento da disponibilidade de nutrientes para as plantas. Mas além de controlar as plantas que podem competir pelos nutrientes, fazer o manejo de um arrozal demanda manter animais distantes. A água dificulta o acesso de animais terrestres, mas o que fazer numa lavoura caracterizada por atrair dezenas de aves?

Desde 2019, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), utiliza a falcoaria para controlar a presença de aves que se alimentam do arroz plantado nos 49 hectares da área de experimentação do instituto, em Cachoeirinha, na Região Metropolitana. O método consiste em introduzir falcões e gaviões que são predadores naturais de aves como chupins e pombas, para afugentá-los do espaço de testes. Dessa forma, a cadeia alimentar presente na natureza é mantida no instituto, fazendo da falcoaria um método muito eficiente e ecologicamente correto.

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