A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, atropelou a tensa discussão interna do governo com o presidente Lula em torno da reoneração imediata ou não dos combustíveis e, publicamente, defendeu que a decisão seja adiada para depois de abril.
É a mais clara investida pública da ala política do entorno de Lula contra a equipe econômica capitaneada por Fernando Haddad (Fazenda), mas que conta, também, com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Ambos têm evitado fazer publicamente o debate sobre as decisões de política econômica e sobretudo a parte fiscal, aquela mais delicada e que tem suscitado maior desconfiança por parte dos agentes econômicos.
Mas todos estão incomodados com a fritura a que Gleisi e os demais integrantes desse núcleo político têm submetido o grupo, e sobretudo Haddad, justamente por ser petista, ter sido uma escolha pessoal de Lula e ter demonstrado lealdade ao presidente nos tempos difíceis tanto quanto a presidente do partido.
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