Porto Alegre, terça, 24 de setembro de 2024
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Formada por grupos extremistas, 'machosfera' lucra ao disseminar ódio e cometer crimes contra mulheres, por Pâmela Dias, Bianca Gomes e Elisa Martins /O Globo

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Produtores de conteúdos misógenos ganham dinheiro monetizados pelo YouTube, com anúncios e programa de assinaturas, além de venderem cursos e e-books. A advogada Mariana Regis é alvo de ataques coletivos por ser contra a lei de alienação parental. Foto: Rafael Martins

 

 

O avanço de grupos extremistas misóginos, como o “red pill”, do qual faz parte o coach Thiago Schutz, acusado de ameaçar de morte a atriz e humorista Livia La Gatto, chama a atenção no Brasil. Seus integrantes praticam o ódio às mulheres e se baseiam na ideia de um suposto resgate da masculinidade, sendo vistos por especialistas como uma reação, ainda esparsa e sem coordenação, à maior participação das mulheres em espaços de poder.

Um dos movimentos que compõem a chamada “machosfera”, o “red pill” é uma forma machista de pensar e ver o mundo, que deturpa o conceito do filme “Matrix” para subestimar os direitos das mulheres. Para eles, pessoas do sexo masculino devem saber dominar as mulheres e não permitir que elas sejam “aproveitadoras”. Os extremistas se organizam especialmente em redes como Instagram, Facebook, Tik Tok e YouTube. Muitos são pagos pelas plataformas por terem engajamento em vídeos, artigos e até livros que ensinam como “desarticular” as “trapaças amorosas” das mulheres. Nos materiais, elas são descritas como seres de “potencial demoníaco” regidos “pelo egoísmo sentimental”.

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