Porto Alegre, quarta, 25 de setembro de 2024
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Região Sul está entre as maiores consumidoras de orgânicos do Brasil, por Carmen Carlet/Jornal do Comércio

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Gaúchos direcionam cada vez mais um olhar cuidadoso para a alimentação. ANNA BIZON/FREEPIK/JC

 

 

Os gaúchos direcionam cada vez mais um olhar cuidadoso para a alimentação. E nesta caminhada, os orgânicos ganham força. Porto Alegre já sedia a maior feira de orgânicos a céu aberto da América Latina. Em paralelo, o Rio Grande do Sul também é o maior produtor de arroz orgânico do continente e se prepara para colher uma safra recorde, com direito a comemoração em grande estilo. Nesta semana acontece a 20ª Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra, em Viamão. E na esteira de pioneirismos, a primeira carne orgânica começou a ser produzida neste ano em Hulha Negra. Diante de um cenário positivo, o setor se prepara para o aquecimento da produção com a retomada de programas e estima crescimento de 25% a 30% nos próximos anos.

O ano de 2023 pode representar o marco inicial da retomada da cadeia produtiva da agroecologia no Brasil. Pelo menos esta é a expectativa apontada por representantes do setor da produção orgânica. Defensora da agricultura de base ecológica, a feirante e integrante da comissão da Feira Ecológica do Bom Fim (FEBF), Iliete Citadin, afirma que a produção tem a possibilidade de voltar a crescer de 25% a 30% nos próximos anos. Este crescimento, segundo estimativas, deve recuperar o desmonte ocorrido nos últimos anos, quando projetos importantes ficaram parados.

Um deles é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que encolheu 77,3% no período, ou mesmo a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que sempre destinou um olhar para a agricultura familiar e ecológica. Para Iliete, é inconcebível ter 43,4% da população brasileira vivendo em condições de insegurança alimentar e nada ser feito.

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