Porto Alegre, sexta, 15 de novembro de 2024
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Governo Lula estica a corda sobre lista tríplice para indicação à PGR, por Flávia Said/Metrópoles

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Mandato de Augusto Aras na PGR termina em setembro de 2023. Lula já disse que vai abandonar lista tríplice e comprou briga com associação. Prédio da PGR/MPF em Brasília Antonio Augusto / Secom / PGR

 

 

A seis meses do término do mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reiterado que não irá seguir a lista tríplice na escolha do próximo procurador-geral, puxando a corda que tem na outra ponta a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Por trás da desistência desse método de escolha, estão críticas de Lula à Lava Jato. Na terça-feira (21/3), em entrevista à TV 247, o mandatário ressaltou mais uma vez que vai quebrar a tradição de seus governos anteriores na indicação e criticou a Força Tarefa de Curitiba por ter, na visão dele, prejudicado a imagem do Ministério Público Federal (MPF). “Quase destruíram a imagem da seriedade do Ministério Público. Um bando de moleque irresponsáveis”, disse.

O presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, disse ao Metrópoles que as críticas feitas por Lula não têm relação com a lista, pois o procurador-geral não tinha nenhuma interferência direta na atuação dos colegas de Curitiba.

“Acho que a gente tem que olhar a Lava Jato de uma forma cada vez mais profissional. Vamos ver o que funcionou, coisas que deram certo e as que não deram, como a questão da competência, para que a gente não repita os erros do passado”, disse ele. “Não faz sentido essa correlação de um caso com a escolha do procurador-geral da República”, emendou.

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