A seis meses do término do mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reiterado que não irá seguir a lista tríplice na escolha do próximo procurador-geral, puxando a corda que tem na outra ponta a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
Por trás da desistência desse método de escolha, estão críticas de Lula à Lava Jato. Na terça-feira (21/3), em entrevista à TV 247, o mandatário ressaltou mais uma vez que vai quebrar a tradição de seus governos anteriores na indicação e criticou a Força Tarefa de Curitiba por ter, na visão dele, prejudicado a imagem do Ministério Público Federal (MPF). “Quase destruíram a imagem da seriedade do Ministério Público. Um bando de moleque irresponsáveis”, disse.
O presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, disse ao Metrópoles que as críticas feitas por Lula não têm relação com a lista, pois o procurador-geral não tinha nenhuma interferência direta na atuação dos colegas de Curitiba.
“Acho que a gente tem que olhar a Lava Jato de uma forma cada vez mais profissional. Vamos ver o que funcionou, coisas que deram certo e as que não deram, como a questão da competência, para que a gente não repita os erros do passado”, disse ele. “Não faz sentido essa correlação de um caso com a escolha do procurador-geral da República”, emendou.
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