Inúmeros textos, fotos e vídeos com elogios e celebração a autores de ataques a escolas e à violência cometida por eles circulam livremente nas redes sociais.
E não é preciso entrar na deepweb ou procurar extensivamente. Não se trata de um submundo oculto, mas de um conteúdo acessível, inclusive para adolescentes, em grandes plataformas de compartilhamento de conteúdo da internet, como Twitter e Tiktok.
Para especialistas ouvidos pela reportagem, esses conteúdos abertos na internet também são formas de cooptar jovens que tenham algum mínimo interesse no tema. E, a partir disso, esses pré-adolescentes ou adolescentes são convidados para fóruns específicos – muitos deles fechados para evitar que sejam rastreados.
A reportagem entrou em contato com o Twitter, mas a rede social, que relaxou seu controle após ser comprada por Elon Musk, não responde mais a questionamentos da imprensa. O TikTok afirma que tem mecanismos para receber denúncias sobre possíveis casos de incitação a ataques e que trabalha continuamente para remover esse tipo de conteúdo.
O ataque a uma creche de Blumenau (SC) na quarta-feira (5/4), segundo apurações iniciais da polícia, é um caso isolado e sem relação com a onda de massacres em unidades de ensino no país na última década e não tem vínculo com as redes sociais.
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