O governo levou uns safanões no Congresso. “Não é nem oposição, é confusão”, diz um parlamentar centrista com meia dúzia de mandatos e lideranças nas costas. Diz que o governo é “indeciso”, “demora para fazer acordo” e “não organizou ainda nem a casa dele”.
“Precisa tomar cuidado, porque tem o arcabouço fiscal, que deve mudar um pouco, e muita CPI entrando. Mesmo sem oposição, estão se embananando”, diz. Não é o único.
O governo se propôs a tarefa enorme de aprovar um plano fiscal (gasto e receita) de caráter inédito em 20 anos e uma reforma tributária. Para que seu “arcabouço fiscal” funcione, precisa de um aumento de receita (em relação ao PIB, ao tamanho da economia) raro, maior do que as altas de arrecadação dos anos muito excepcionais de 2010-11 e 2021. Mas, desta vez, terá de aumentar imposto. É difícil.
Um senador governista acha que há “centralização excessiva na Casa Civil, que não despacha rápido”. O senador diz que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, “é um trator, para o bem ou para o mal. Faz acordo, mas quer saber logo do acordo e controlar essa pauta [de votações], quer saber quem põe em qual lugar para controlar, em CPI ou relatoria”.
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