Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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A disputa que envolve filha de Lula, o namorado dela e um senador do PT, por Leonardo Caldas/Veja

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Eles se estranham na briga pela hegemonia de uma pequena cidade de Sergipe. EM FAMÍLIA - O genro Danilo, com Lurian e Lula: “Minha mãe tem a carteira número 3 do partido” (Ricardo Stuckert/.)

 

 

Desde 1989, quando Lula disputou a Presidência da República pela primeira vez, Lurian da Silva, a filha mais velha do presidente, vez por outra aparece como personagem de algum fato político. Naquela campanha, ela foi envolvida de maneira vil pelo então candidato Fernando Collor de Mello numa história absurda que tinha como único objetivo constranger o adversário. Depois disso, opositores do petista exploraram as relações de Lurian com a herdeira de uma empreiteira enrolada em escândalos de
corrupção. Em 2009, durante o segundo mandato do pai, a Polícia Federal interceptou conversas telefônicas em que o então marido da primeira-filha aparecia falando com empresários, agendando encontros com políticos e cobrando por isso. Lurian reaparece agora no meio de uma curiosa disputa paroquial envolvendo o seu atual namorado, o PT e um senador da República.

Barra dos Coqueiros, uma pequena cidade que faz divisa com Aracaju, a capital de Sergipe, é, segundo as estatísticas, um histórico reduto lulista no Nordeste. O atual presidente foi o candidato mais votado no município nas últimas eleições, tanto no primeiro quanto no segundo turno. Se não houver nenhuma mudança de cenário, o atual prefeito do município, Alberto Macedo, pretende disputar a reeleição. Ele, por enquanto, é considerado o franco favorito. Filiado ao MDB, tem como seu principal trunfo eleitoral a reedição da aliança que uniu seu partido ao PT nas eleições do ano passado. Para conquistar um novo mandato, basta, segundo ele, que a parceria entre
os dois partidos seja mantida, combinação, aliás, que já teria sido feita há algum tempo. A popularidade do presidente da República na região se encarregaria naturalmente do restante. É aí que começa a confusão.

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