Gabriela Santiago Ribeiro Cid, mulher do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, responsabilizou o marido pela inserção de dados falsos sobre vacinação de Covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde. Em depoimento na sede da Polícia Federal, ela afirmou que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro “tomava a frente da dinâmica familiar” e que não o questionou sobre a obtenção da carteira fraudada. Assim como Cid, Gabriela foi alvo de uma busca e apreensão e é investigada no inquérito que apura também os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa e corrupção de menores.
Em cerca de duas horas e meia, Gabriela afirmou aos investigadores não ter questionado Mauro Cid sobre os documentos por “ter certeza” de que ele não falaria como os obteve. Ela disse portar o cartão de vacinação com os dados falsos, assim como outros documentos pessoais, pois possivelmente o esqueceu dentro da carteira.
No documento, ao qual O GLOBO teve acesso, Gabriela negou ainda saber se Mauro Cid “arquitetou e capitaneou toda a ação criminosa relativa às inserções de dados nos sistemas” em benefício de Bolsonaro e de sua filha Laura à revelia, sem o conhecimento e a anuência do ex-presidente. Gabriela afirmou também desconhecer quais os papeis de Max Guilherme Machado de Moura e Sergio Rocha Cordeiro, ambos assessores do ex-presidente e investigados.
Leia mais em O Globo