Porto Alegre, terça, 01 de outubro de 2024
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Reviravolta na Lava Jato e retorno de juíza aliada de Moro ressuscitam embate político, por Catarina Scortecci/Folha de São Paulo

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Segundo o ministro Dias Toffoli, decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região não levou em conta as hipóteses previstas no Código de Processo Penal. - Catarina Scortecci - 14.fev.23/Folhapress

A decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) de afastar o juiz responsável pela Lava Jato em Curitiba provocou uma reviravolta na operação, deixando processos novamente nas mãos de uma juíza alinhada ao senador Sergio Moro e reacendendo o debate político sobre a investigação iniciada no Paraná.

Na segunda-feira (22), a Corte Especial Administrativa do tribunal retirou o juiz Eduardo Appio de suas funções provisoriamente em decorrência de uma investigação sobre um suposto telefonema para o filho do ex-relator da Lava Jato, no qual ele fingiria ser outra pessoa.

Nos últimos meses, Appio travou uma série de embates com lava-jatistas, com decisões que contrariaram antigos expoentes da força-tarefa e declaração de simpatia pelo presidente Lula (PT), que chegou a ficar preso por 580 dias, entre 2018 e 2019, após condenação decorrente da operação.

Agora afastado, ele será substituído inicialmente por Gabriela Hardt, que mostrou alinhamento com Moro na época em que ele ainda era juiz e que condenou Lula no processo do sítio de Atibaia (SP), em 2019 —em sentença que também foi anulada quando o Supremo Tribunal Federal reviu os processos do petista dois anos depois.

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