Porto Alegre, quinta, 19 de setembro de 2024
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Governo precisa de alta de quase 10% nas receitas para conseguir gasto máximo em 2024, diz economista, por Idiana Tomazelli/Folha de São Paulo

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Necessidade de conciliar diferentes regras dificulta ampliação das despesas no ano que vem. O economista Felipe Salto, ex-secretário da Fazenda de São Paulo, hoje sócio da Warren Rena - Gabriel Cabral - 03.jun.2022/Folhapress

 

 

O governo Lula (PT) precisará arranjar mais R$ 120 bilhões em novas receitas para conseguir usufruir do dispositivo do novo arcabouço fiscal que autoriza gastos extras em 2024, calcula o economista-chefe e sócio da Warren Rena, Felipe Salto.

O valor é bem maior do que o ganho potencial em novas despesas, que ele estima em até R$ 28,56 bilhões. O número também representa uma alta real (já descontada a inflação) da receita líquida de quase 10%.

A diferença ocorre porque, da forma como o texto foi construído, não basta o governo conseguir atingir o patamar de receitas que dispara o gatilho de gastos adicionais. É preciso também cumprir a meta fiscal estipulada pela equipe econômica, que é de zerar o déficit em 2024.

As contas foram feitas por Salto a pedido da Folha.

“A conclusão é interessante. Mostra o quão difícil é cumprir a meta de primário. Não adianta nada ter esse mecanismo para subir o limite se não tiver espaço no resultado primário. Isso é uma coisa boa da regra. A interação das duas metas: gasto e primário”, diz ele, que já foi secretário de Fazenda do Estado de São Paulo e diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado.

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