Mais do que contar uma história que começou com 16 produtores interessados em se associar, em 1931, a Cooperativa Vinícola Aurora tem em seu currículo a marca da superação. O presidente do Conselho Administrativo da Aurora, Renê Tonello, ressalta que nessa trajetória de 92 anos na produção de bebidas derivadas da uva a cooperativa teve momentos doces e amargos. O mais crítico, segundo ele, foi o que marcou a reestruturação da cooperativa, em 1995, quando as dívidas se apresentaram maiores do que a receita obtida. “Tivemos de trabalhar muito para equilibrar as contas”, relembra Tonello, homenageando a coragem, a lealdade e a firmeza das famílias associadas à cooperativa no andamento do processo que trouxe a Aurora, em 2023, à liderança na produção de espumantes e sucos. Atualmente, 1,1 mil famílias fornecem uvas para a industrialização na cooperativa, com cerca de 2,8 mil hectares de vinhedos implantados e presença de cooperados em 11 municípios.
Tonello destaca a importância do cooperativismo para o produtor de vinhos, espumantes e sucos, mas também da cooperação como um ingrediente de crescimento das comunidades. Ele lembra que as cooperativas, anualmente, conseguem dividir com seus associados os resultados de faturamento (as chamadas sobras), o que é um estímulo ao viticultor e também uma entrada importante de recursos nos municípios, com a geração de empregos, impostos e utilização de serviços. “O cooperativismo devolve à comunidade aquilo que consegue captar com seu trabalho”, garante o presidente. No ano passado, a distribuição de lucros da Cooperativa Vinícola Aurora aos associados se deu na razão de 18% sobre o faturamento com a uva de cada família. Um núcleo, por exemplo, que tenha faturado R$ 100 mil com a entrega de uva, recebeu como participação nos lucros da cooperativa a cota de R$ 18 mil.
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