Porto Alegre, sexta, 04 de outubro de 2024
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Produtor de lã busca alternativas de mercado/Correio do Povo

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Ovinocultores gaúchos se unem a entidades, universidades e ao governo do Estado para estimular a atividade no campo, agregar valor à produção laneira e desenvolver a cadeia produtiva em um Arranjo Produtivo Local (APL) | Foto: Fernando Dias / Seapi / CP

 

 

Nestor Maria Rivas é um esquilador doble chapa, termo costumeiro da Campanha para denominar as pessoas com dupla nacionalidade. Uruguaio naturalizado brasileiro, ele vive com a família em Quaraí-Artigas. Formado pela escola uruguaia de esquila, tem mais de 30 anos de experiência na atividade. É especialista no método australiano Tally-Hi, que garante o bem-estar animal proporciona melhor aproveitamento da lã e é quatro vezes mais rápido que o tradicional, no qual o animal é amarrado e pode acabar ferido.

Há anos, Rivas percorre fazendas do Rio Grande do Sul afora para tosquiar rebanhos. Mas também é requisitado para temporadas de trabalho na Europa. Não por acaso, há 50 dias está na Espanha, trabalhando e treinando. Porém, as malas estão prontas para ir a Edimburgo, na Escócia, onde participará do Golden Shears World Championships 2023. O certame reune mais de 300 esquiladores de 30 países dentro da Royal Highland Show, maior evento agropecuário da Escócia.

“Como o Uruguai tem muitos esquiladores bons, decidi representar o Brasil e espero que, logo ali na frente, no próximo mundial, o Brasil tenha outro participante que não seja eu”, conta Nestor, que busca doações para custear passagens aéreas, equipamentos e despesas. “Em 2019, fui à França e gastei R$ 7 mil, sem pedir ajuda de ninguém, mas, agora, necessito de ajuda, porque R$ 15 mil para um esquilador não é fácil”, lamenta.

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