Apesar do balde d’água fria que foi o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, especialistas mantêm a expectativa de que a Taxa Selic será reduzida no segundo semestre. Mas, pelo fato de o texto reforçar a importância do processo de ancoragem das expectativas de inflação, já quem avalie que, no lugar de agosto, o corte poderá vir somente em setembro.
Como a perspectiva de redução da Selic a curto prazo era um dos fatores que vinha sustentando o otimismo da Bolsa nas últimas semanas, o Ibovespa ontem fechou em queda de 1,23%, aos 118.934 pontos. Já o dólar comercial teve leve alta, de 0,08%, a R$ 4,7717, devido à valorização da moeda americana no exterior.
— Nossa previsão era agosto, e continuamos acreditando que o primeiro corte virá em agosto, mas o comunicado aumentou o risco de esse primeiro corte ser adiado para setembro — diz o economista-chefe da Knitro, Sávio Barbosa.
Ele afirma que a manutenção do cenário de cortes em agosto decorre da expectativa de que a inflação continuará a desacelerar.
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