Porto Alegre, sexta, 04 de outubro de 2024
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União cobra R$ 750 milhões e pode inviabilizar Emater/RS-Ascar, por Itamar Pelizzaro/Correio do Povo

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A cobrança de parte da dívida bateu às portas da Emater pelas mãos de um oficial de Justiça, na semana passada| Foto: Emater / Divulgação / CP

 

 

Um velho fantasma voltou a assombrar a assistência técnica e extensão rural do Rio Grande do Sul. A Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (Ascar), mantenedora da Emater, foi notificada judicialmente a pagar R$ 750 milhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). O valor é parte de uma dívida que atualmente chegaria na casa dos R$ 2,5 bilhões, referente a tributos cobrados pela União. A Emater/RS-Ascar estava amparada em liminar da Justiça Federal que lhe garantia o título de filantropia e isentava das contribuições. A liminar foi cassada, fragilizando a Ascar e colocando-a sob risco de receber novas notificações de execução da dívida, o que pode até mesmo determinar a liquidação da instituição e do serviço prestado ao Estado a mais 200 mil famílias de agricultores.

A cobrança de parte da dívida bateu às portas da Emater pelas mãos de um oficial de Justiça, na semana passada. A presidente da Emater/RS e superintendente-Geral da Ascar, Mara Helena Saalfeld, mobilizou seu setor jurídico para buscar uma maneira de sensibilizar o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o caso tramita atualmente. “Eles não sabem o que estão votando, no que isso vai repercutir”, alerta. Mara está preocupada com a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas), um dos documentos exigidos pela Receita Federal para que entidades sem fins lucrativos usufruam de isenções e contribuições sociais.

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