Porto Alegre, sexta, 29 de novembro de 2024
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Agroecologia na produção leiteira exige paixão, por Patrícia Feiten/Correio do Povo

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No Rio Grande do Sul, apenas cinco propriedades têm certificação para produzir leite e derivados orgânicos, conforme dados do Mapa, e não medem esforços para levar à mesa do consumidor um alimento sustentável. | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

 

 

As preocupações com saúde e preservação ambiental impulsionam cada vez mais o interesse pelos alimentos orgânicos. Em razão das práticas complexas que envolvem a produção agroecológica, a oferta de produtos ainda é fortemente limitada a hortaliças, frutas e itens industrializados de origem vegetal. Na cadeia agropecuária gaúcha, por exemplo, há apenas cinco propriedades rurais certificadas para a produção de leite orgânico, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na base dessas iniciativas pioneiras, está a paixão por entregar ao mercado um ingrediente básico na mesa do brasileiro com um carimbo sustentável.

A produtora Denise Barbaro da Rosa é um desses empreendedores rurais que conseguiram aliar a produção leiteira ao manejo agroecológico. Dona do Sítio Amigos da Terra, propriedade certificada pela rede Ecovida situada em Lomba Grande, na zona rural de Novo Hamburgo, sua família mantém uma padaria orgânica e, em 2016, montou um laticínio para elaboração de iogurte natural, doce de leite e queijo orgânicos com a matéria-prima fornecida por outro pecuarista certificado. Como o produtor parceiro decidiu deixar a atividade, seus animais estão sendo adquiridos pelo sítio – cinco vacas, de um lote inicial de nove, já foram transferidas para o local e a propriedade aguarda apenas a emissão do já aprovado certificado de conformidade necessário para a produção do leite.

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