O Governo Eduardo Leite cortou, de forma unilateral, o repasse para custeio dos serviços de traumatologia-ortopedia do Hospital Restinga e Extremo Sul (HRES). Considerando a decisão, a Prefeitura de Porto Alegre informa o fechamento deste serviço a partir de quarta-feira, 13, para pacientes que não residem na Capital.
Secretários de Saúde de Porto Alegre, Gravataí, Viamão, Alvorada, Cachoeirinha e Glorinha – municípios que representam um quarto da população do Estado – já haviam se manifestado contrários à medida, mas o governo estadual manteve o corte, tanto que em novembro não realizou repasse de R$ 140 mil referente à parcela do Programa Assistir.
Somente em 2022, a emergência de traumatologia-ortopedia da instituição atendeu 6.896 pacientes e, até agosto de 2023, foram 6.179 pacientes. Com relação aos atendimentos ambulatoriais, mais de 45% da oferta é destinada a pacientes de outros municípios.
Eventuais pacientes em atendimentos serão direcionados aos seus municípios para serem reinseridos no Sistema de Gerenciamento de Consultas (Gercon) e as agendas serão fechadas. “O município de Porto Alegre não consegue mais suportar a retração de recursos estaduais para a manutenção deste serviço, e esta definição unilateral põe em xeque a assistência em saúde a tantos pacientes”, lamenta o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter.
Em consideração ao mês de julho, o Hospital Restinga e Extremo Sul apresentou um custo médio mensal de operação da especialidade de traumatologia-ortopedia de R$ 455 mil, sendo que o valor de custeio do governo estadual representa 30% da operação.