Em 2024, a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS) completou 80 anos. Além da preocupação com a assistência e a formação dos seus associados, e de zelar pelas garantias constitucionais da magistratura, a entidade de classe participa, ao longo dessa trajetória, de importantes debates nacionais relacionados ao exercício da cidadania.
O evento que comemorou as oito décadas de existência da associação e os 44 anos da Escola Superior da Magistratura (ESM) foi realizado na tarde desta sexta-feira (01/11), em Porto Alegre, com a presença do Presidente do Tribunal de Justiça gaúcho, Desembargador Alberto Delgado Neto, e do Presidente dos Conselhos de Comunicação Social (CCS) e de Inovação e Tecnologia (CONINT) do TJ, Desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira.
O Presidente Alberto, que foi Vice-Presidente de Patrimônio e Finanças da AJURIS (2006-2007) e Diretor da Escola Superior da Magistratura (2012-2014), destacou o orgulho que sente por fazer parte da história da associação. “A AJURIS já construiu uma série de benefícios aos nossos magistrados e tem uma interlocução permanente com a sociedade do Rio Grande do Sul e do Brasil”, afirmou. “Ela conseguiu aquinhoar um respeito público, uma condição institucional que poucos têm. Qualquer Juiz está muito orgulhoso hoje”, frisou o Chefe do Poder Judiciário gaúcho.
Na solenidade realizada no final da tarde, no Instituto Ling, o Presidente da AJURIS, Juiz Cristiano Vilhalba Flores, ressaltou o papel social da entidade de classe. “A partir de uma consciência coletiva, a AJURIS entendeu que o seu papel era fazer a conexão da magistratura com a sociedade. Ela se torna a voz da magistratura para a sociedade”, afirmou o dirigente.
No talk show mediado pela Vice-Presidente Administrativa da AJURIS, Helena Ruppenthal Cunha, o magistrado enfatizou também o caráter social e solidário da associação, como, por exemplo, a campanha realizada no período da catástrofe climática que atingiu parte do Rio Grande do Sul no mês de maio. “A AJURIS tem o papel de inserção na comunidade, essa conexão de troca entre magistrados e sociedade”, ressaltou.
Com 81 anos de idade, o ex-Presidente da AJURIS (1986-1987), Ivo Gabriel Corrêa da Cunha, tinha 1 ano de vida quando a associação foi criada. Ele relembrou importantes momentos dessa história, como a construção da sede campestre, as competições esportivas e a construção gradual das relações entre colegas. “Até então, as pessoas não tinham muito contato umas com as outras, nem se conheciam. Não se enxergavam como amigos e colegas. A AJURIS foi essencial para que se reconhecessem como coirmãos”.
A Diretora da ESM, Juíza Clarissa Costa de Lima, celebrou os 44 anos da primeira escola da magistratura do Brasil e da América Latina, hoje, uma referência nacional. Para a dirigente, a Escola consolidou valores fundamentais, como a ética, a imparcialidade e a sustentabilidade.