O Tribunal de Cassação italiano confirmou nesta terça-feira a sentença de prisão perpétua de Cesare Battisti, o ex-ativista de extrema esquerda condenado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970. O tribunal superior declarou inadmissível o recurso apresentado por Battisti contra o tribunal de apelação de Milão que, em 17 de maio, negou que sua pena fosse comutada para 30 anos de prisão.
O ex-ativista de extrema esquerda fugiu para a França, e depois viveu anos no Brasil sob proteção do governo de esquerda de Luís Inácio Lula da Silva, vindo a ser capturado na Bolívia em janeiro e extraditado em seguida para a Itália.
Depois de retornar à Itália, ele foi transferido para uma prisão de alta segurança, onde está cumprindo sua sentença. Semanas após a prisão, admitiu a um juiz italiano sua responsabilidade pelos quatro assassinatos cometidos na década de 1970 e disse ter se arrependido por acreditar na luta armada.
Na Itália, a prisão de Battisti foi aplaudida pela direita e pela esquerda, em particular porque o ex-chefe do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) sempre alegou sua inocência e nunca expressou arrependimento por seus atos.
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