Em seu primeiro discurso como presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante sessão especial de posse da Mesa Diretora para o ano de 2020, realizada nesta quinta-feira (2/1), o vereador Reginaldo Pujol (DEM) afirmou que pretende dirigir a Casa de forma solidária com os demais colegas da nominata e quebrar paradigmas, principalmente aquele que diz que, em anos eleitorais, os parlamentos não funcionam. “Aqui, vai funcionar e vai funcionar muito bem porque é repleto de homens e mulheres muito responsáveis que assim também o querem”, frisou.
Pujol falou da importância da Capital para sua formação política. “Aqui em Porto Alegre, muito cedo, eu aprendi, ainda na política estudantil e depois lá na gloriosa União Democrática Nacional, que o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Conforme o vereador, este ensinamento o acompanha desde então em sua trajetória política, que inclui passagem pela Arena, pelo PDS e pelo “querido Partido da Frente Liberal, o partido que eu sou efetivamente integrante, ainda que hoje ocupando um cargo pelo Partido Democratas”.
Diálogo
O novo presidente defendeu o diálogo como instrumento para resolver conflitos e encontrar soluções. “Tenho dito e quero repetir hoje mais alto do que nunca: chega de pensar no que é mais corretamente certo, vamos pensar naquilo que é mais corretamente necessário. E necessário nesta hora é que todos nós tenhamos compreensão do momento histórico que vivemos”, destacou, referindo-se às quebras e rupturas ideológicas na política brasileira e aos embates do Legislativo Municipal.
Dirigindo-se à oposição e ao governo, afirmou ter muito orgulho de integrar o Legislativo Municipal e ressaltou que este orgulho aumenta agora que passa a presidi-lo. Sobre a relação com sua antecessora, vereadora Mônica leal (PP), disse ter tido “às vezes algum desentendimento, mas através de uma convivência muito fértil, uma bela experiência de convivência democrática” que pretende estender para toda Casa. Para Pujol, é necessário dialogar sempre, mesmo que haja divergência de ideias. “Às vezes a gente pode divergir, às vezes a gente pode não estar com a mesma posição, mas nunca queimar todas as pontes que podem permitir que mais adiante se encontre harmonia e compreensão”, afirmou.