Mesmo que seja só por alguns dias durante a temporada de verão, a mudança de estilo de vida da cidade ou do interior do Rio Grande do Sul para a praia provoca também a mudança de alguns hábitos. Um deles é consumir mais pescados. Alimento abundante no Litoral Norte e mais em conta que outras proteínas, como a carne de gado ou frango. Em Tramandaí e Imbé, há quem prefira também ir atrás do seu próprio peixe. Na ponte Giuseppe Garibaldi, que liga as duas margens do Rio Tramandaí, veranistas e nativos dividem espaço com seus caniços e tarrafas para pescar de forma amadora e até profissional. Uma tradição de décadas, praticamente um patrimônio imaterial das duas cidades, já tratado como um atrativo turístico.
O morador de Tramandaí, Paulo Sérgio Maciel, 55 anos, conhece bem as águas do rio. Diz pescar “a vida toda” no local. Hoje ele vende a sua produção diária, de cerca de 20 quilos, capturados “só no caniço” em uma das plataformas existentes na margem direita do canal, próximo à ponte. “No inverno dá peixes maiores, como a tainha. Mas por aqui, o mais comum é bagre, corvina, robalo e sardinha”, lembra. Este último, a sardinha, ele considera como um “bicho bobo”, só por que é fisgado no anzol mesmo sem isca alguma.
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