Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Uruguai prepara programa para atrair moradores estrangeiros

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Um dos primeiros planos anunciados pelo presidente eleito, Luis Lacalle Pou, que toma posse em 1º de março, é o de tentar elevar o tamanho da população, facilitando a entrada de residentes estrangeiros.

Na semana passada, Lacalle Pou (centro-direita) afirmou que lançará um pacote de medidas para “flexibilizar” as regras atuais de residência, tanto burocráticas como fiscais, de forma a atrair moradores do exterior para o país, que é vizinho do Brasil e tem uma das menores populações da América do Sul.

“O Uruguai sempre foi um país de braços abertos para países que expulsam seus habitantes, como venezuelanos, cubanos e de outros lugares da América Latina”, declarou. “Mas também é um lugar para as pessoas que não estão com problemas (em seus países de origem), dizem que aqui é um lugar onde se respeita o investimento, onde podem trazer suas famílias, onde há segurança jurídica.”

As declarações de Lacalle Pou geraram críticas de setores da Frente Ampla (que passará do governo à oposição). O atual ministro da Economia, Danilo Astori, afirmou que as iniciativas poderiam fazer o país “retroceder” e voltar a ser um “paraíso fiscal”, como ocorreu no passado.

Outros críticos afirmaram que Lacalle Pou pretende atrair “principalmente os ricos” para estimular a economia uruguaia. Por sua vez, o presidente Tabaré Vázquez disse que “não é fácil” implementar a iniciativa do seu sucessor, mas agregou, segundo a imprensa local, “que seria muito melhor termos 6 milhões de habitantes (como) um motor para impulsionar a economia”.

Além disso, empresários ouvidos pelo jornal argentino Perfil se dizem céticos quanto à capacidade de a medida promover crescimento econômico no Uruguai, em um momento em que o desemprego beira a casa de 9%. Ainda assim, assessores de Lacalle Pou apontam para as “oportunidades econômicas” que os investidores estrangeiros que residam no país podem criar “porque a economia local”, entendem, estaria “melhor” do que a da vizinha argentina e com “boas alternativas” para o empresariado brasileiro.

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