Por décadas, os macacos do templo de Prang Sam Yod, em Lopburi, foram tratados como verdadeiras atrações turísticas por quem visitava as ruínas do templo, um dos mais importantes da Tailândia. Mas, desde semana passada, os símios se tornaram símbolo de um efeito colateral desse momento de pandemia do novo coronavírus: os animais que, aos poucos, vão tomando espaços públicos deixados vazios pelos humanos em quarentena.
A cena que viralizou na semana passada era digna de um dos filmes da saga cinematográfica “Planeta dos macacos”. Dezenas de símios brigando numa rua da região central de Lopburi por um cacho de bananas. Sem turistas ou moradores para alimentá-los no templo e a cidade, eles tomaram as ruas em busca de comida.
Vale ressaltar que a presença dos animais selvagens fora dos limites do templo é até bem comum. Estima-se que só nos limites da cidade haja mais de três mil deles, e um número ainda maior viveria nas ruínas de Prang Sam Yod, complexo religioso construído no século XIII para louvar Hanuman, o deus-macaco do hinduísmo. Os bichos são o centro da vida da região, que celebra, sempre no fim de novembro, o Festival dos Macacos, em que um banquete de frutas variadas é servida aos animais.
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