Porto Alegre, domingo, 05 de maio de 2024
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Saudade dos abraços e sem visitas da família, a rotina dos idosos sob blindagem nas casas de repouso

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Instituições que abrigam principal grupo de risco do coronavírus adotam medidas rígidas para proteger os mais vulneráveis da pandemia e evitar catástrofes vistas em outros países. Casa de repouso exibe mensagens de idosos impedidos de receber visitas por causa do coronavírus.DIVULGAÇÃO (CUSTOM_CREDIT)

As taxas de mortalidade do coronavírus, que acumula pelo menos 1.546 casos confirmados no Brasil, aumentam de acordo com a idade. De 3,6% entre 60 e 69 anos, sobe para 14,8% entre infectados com mais de 80, indicam os dados de um estudo elaborado por médicos chineses. Em alerta diante da vulnerabilidade do principal grupo de risco da doença, as casas de repouso, classificadas como Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), passaram a adotar novas práticas de proteção a seus residentes, entre elas a restrição de contato físico, cancelamento de atividades externas e a suspensão das visitas de parentes por tempo indeterminado.

Recomendada pelo protocolo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a medida de suspender visitantes nos asilos é a que gera maior impacto na rotina dos idosos em regime de isolamento para evitar infecções pelo coronavírus. “Em geral, as pessoas mais velhas são muito afetuosas”, afirma a médica Joyce Duarte Caseiro, uma das fundadoras da rede particular Terça da Serra, que tem 30 unidades espalhadas pelo país e abriga mais de 500 idosos. “A gente percebe que elas sentem falta do calor humano e das trocas de carinho, principalmente nos períodos de reencontro com a família.”

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