Senadores e autoridades do governo dos Estados Unidos chegaram a um acordo sobre um projeto de lei de forte estímulo econômico para aliviar o impacto do surto do coronavírus, disseram os negociadores nesta quarta-feira (25).
O Senado votará o pacote de 2 trilhões de dólares hoje e a Câmara deve fazer o mesmo na sequência.
“Esse é um nível de investimento de tempos de guerra para nossa nação”, disse o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, em discurso anunciando o pacto após dias de negociações entre parlamentares republicanos e democratas, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e outros assessores do presidente Donald Trump.
“Vamos aprovar a legislação mais tarde hoje”, disse McConnell.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, chamou a medida de “maior pacote de resgate na histórica norte-americana”, descrevendo-a como o “Plano Marshall” para hospitais e necessidades médicas, em referência ao programa financiado pelos EUA que ajudou a reconstruir a Europa após a Segunda Guerra Mundial.
“A ajuda está a caminho, grande ajuda e ajuda rápida”, disse Schumer.
O texto do acordo só deve ser disponibilizado mais tarde nesta quarta-feira.
McConnell disse que o pacote vai apressar o dinheiro para ajudar os norte-americanos a pagarem as contas durante as dispensas de emprego relacionadas ao surto, expandir o seguro-desemprego e fazer empréstimos emergenciais para pequenas empresas.
Também vai “estabilizar importantes indústrias nacionais” e garantir ajuda financeira a hospitais e fornecedores de cuidados de saúde que têm dificuldades para conseguir equipamentos para pacientes doentes, completou.
A expectativa era de que o pacote de estímulo impulsionasse a economia com uma infusão de ajuda, incluindo um fundo de 500 bilhões de dólares para ajudar indústrias afetadas com empréstimos e uma quantia similar para pagamentos diretos de até 3 mil dólares para milhões de famílias dos EUA.
Entre outras provisões devem estar 350 bilhões de dólares para empréstimos a pequenas empresas e 250 bilhões para auxílio-desemprego.
Schumer disse que ele também inclui 100 bilhões de dólares para hospitais e sistemas de saúde, junto com dinheiro adicional para outras necessidades ligadas a saúde.
Outros 150 bilhões de dólares irão para ajuda a governos locais e estatais para combaterem o surto. (Agência Brasil)