Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
img

Premiê francês diz que o pior da pandemia de coronavírus no país “ainda está por vir”

Detalhes Notícia
O primeiro-ministro francês Edouard Philippe disse que "os 15 primeiros dias de abril serão muito mais difíceis que os 15 dias que acabamos de viver”. Christophe Ena / Pool via REUTERS

A França registrou 319 novas mortes nas últimas 24 horas, elevando o número de vítimas fatais do Covid-19 para 2.314, segundo dados oficiais divulgados neste sábado (28). De acordo com o chefe do governo, Edouard Philippe, apesar das medidas de confinamento impostas no país, em vigor pelo menos até 15 de abril, as próximas duas semanas serão ainda mais difíceis na França.

“O combate apenas começou”, declarou o premiê francês durante uma coletiva de imprensa organizada ao lado do ministro da Saúde, Olivier Véran. “Os 15 primeiros dias de abril serão muito mais difíceis que os 15 dias que acabamos de viver”, insistiu o chefe do governo.

O premiê, que havia anunciado que a luta contra a pandemia será travada respeitando a transparência sobre as decisões tomadas, anunciou junto com o ministro da Saúde que mais de um bilhão de máscaras de proteção foram encomendadas pelo governo, vindas principalmente da China. “Foi criada uma ponte aérea estreita e intensa entre França e China para facilitar a entrada de máscaras em nosso território”, declarou Véran, lembrando o país precisa de 40 milhões de unidades do acessório de proteção por semana.

O governo também informou que o número de leitos nos serviços de reanimação vão passar de 5 mil para 14 mil. Além disso, a França espera aumentar sua capacidade aplicação de testes do coronavírus, alcançando 80 mil por dia até o final de abril. “A França está armada e ela não está sozinha”, martelou o premiê.

As declarações são uma resposta às críticas feitas ao governo, acusado de ter sido muito lento no início da pandemia e não ter se inspirados no contexto italiano, onde as contaminações registraram uma aceleração virtiginosa. A França também é contestada por sua política de aplicação de testes na população já que, ao contrário de países como Coreia do Sul ou Alemanha, prefere restringir à prática aos pacientes que estão hospitalizados ou aqueles que já apresentam sintomas avançados da doença.

Leia mais em RFI