Porto Alegre, segunda, 16 de setembro de 2024
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No Brasil, um quarto dos mortos por coronavírus está fora dos grupos de risco

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Cresce o número de óbitos entre pessoas que têm menos de 60 anos e sem doenças preexistentes. Socorrista prepara-se para atender pacientes com coronavírus. Foto Marco Antonio Rezende/PMRJ/Fotos Publicas

No Brasil, um quarto dos mortos por Covid-19 desde o primeiro registro da doença no país não faz parte dos chamados grupos de risco — ou seja, 25% das vítimas fatais são pessoas com menos de 60 anos e sem comorbidades que agravam os sintomas. Esse número disparou nos últimos 15 dias, segundo levantamento do GLOBO feito com base em dados no Ministério da Saúde. 

Até o dia 27 de março, apenas 11% dos óbitos foram vistos entre pessoas com menos de 60 anos, e somente 15% das vítimas fatais não apresentavam comorbidades. Agora, porém, esses índices aumentaram — 25% das mortes ocorrem entre pessoas com menos de 60 anos, e 26% dos óbitos foram em pacientes sem registro de doenças preexistentes, como diabetes, cardiopatias e pneumopatias. 

O país, então, segue um padrão diferente de nações como a Espanha, a segunda com maior número de óbitos — cerca de 166 mil, atrás apenas dos EUA. No Brasil, a proporção de pessoas abaixo dos 60 anos de idade que morreram pela Covid-19 é mais de cinco vezes maior que a registrada na Espanha (4,6%). Segundo o boletim mais recente do Ministério da Saúde, divulgado ontem, o Brasil tem até agora 22.169 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus, e 1.223 óbitos. O balanço de sábado contabilizava 20.727 contaminações e 1.124 mortes.

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