Com a perspectiva de reabertura do comércio em parte do interior gaúcho, possibilidade que o governo do Estado deixa a critério das prefeituras municipais a partir desta quinta-feira, 16 de abril, a Fecomércio-RS espera o começo de uma retomada na movimentação econômica, respeitando as recomendações de saúde para preservar comerciantes e população da contaminação pelo novo coronavírus. O anúncio do governador Eduardo Leite atende reivindicações das entidades representativas do setor para que as políticas de combate ao novo coronavírus não paralisem o setor terciário, responsável por 1,5 milhão de empregos formais antes do início da crise.
Munida do protocolo de segurança que criou para a promoção da retomada segura das atividades comerciais, a Fecomércio-RS atuará no sentido de orientar sindicatos a adotarem essas medidas e procurarem os prefeitos de suas cidades para viabilizar a reabertura do comércio e dos serviços. O protocolo será útil também para exercer o distanciamento controlado, que o governador apontou como norteador para as próximas fases de retomada das atividades.
O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, segue em diálogo com o governo do estado para sugerir alternativas que contribuam para atenuar os efeitos da crise na economia, tendo em vista que o decreto ainda mantém as restrições sobre os estabelecimentos de Porto Alegre e Região Metropolitana e de Caxias do Sul e região: “Entendemos que, como a maioria dos casos se concentra no entorno de Porto Alegre, tenha sido necessária cautela na retomada das atividades. Esperamos que novos dados coletados junto a instituições de saúde e a adesão ao protocolo de segurança para promover o comércio de forma segura permitam ao governador flexibilizar as restrições nessas duas regiões metropolitanas antes mesmo do dia 30 deste mês”, afirma Bohn.
A indicação de que há um plano para a retomada, prevendo flexibilizações e restrições baseadas em informações de saúde, é outra medida que a Fecomércio-RS vem solicitando desde que as primeiras ações de isolamento foram anunciadas há um mês, já que a incerteza sobre os prazos vem dificultando a tomada de decisões por parte dos empresários. A entidade espera ainda que, em todos os níveis de governo, continuem a ser consideradas ações para atenuar os prejuízos gerados desde o início da crise.