Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Mandetta diz que secretário de Vigilância em Saúde fica no cargo. "Entramos juntos e vamos sair juntos", disse o ministro da Saúde

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Pedido de desligamento de Wanderson não foi atendimento por Mandetta | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em entrevista coletiva para atualização de dados da pandemia de covid-19 no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que recebeu, na manhã de hoje (15) o pedido de demissão do secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, e não aceitou a saída do gestor. “Nós [ele e sua equipe] entramos juntos e vamos sair juntos”, disse Mandetta, no Palácio do Planlato.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde informou à imprensa que Wanderson de Oliveira havia pedido demissão. Na Coletiva, Wanderson Oliveira confirmou a informação, mas garantiu, “Estou com o ministro Mandetta até o fim”.

Também presente na coletiva, o secretário disse que enviou uma comunicação à sua equipe: “Não pedi demissão diretamente ao ministro, falei à minha equipe. Vamos nos preparar para sair juntos com o ministro Mandetta. Este processo vem sendo discutido há algumas semanas. Chega um ponto que estamos entendendo que vários dos processos estão bem adiantados. Esta etapa agora da emergência é muito mais da assistência do que da vigilância. Mas não vou deixar o ministro e estamos juntos”

Mandetta elogiou a equipe técnica do órgão e disse, no entanto, que a situação de “descompasso” já é pública, tendo inclusive recebido consultas de pessoas que vêm sendo sondadas pelo governo para sua substituição como titular da pasta. Diante da situação, o ministro afirmou que mantém sua posição de só sair por decisão do presidente Jair Bolsonaro ou depois do fim do trabalho neste momento da pandemia.

“Parece que eu sou contra o presidente, mas não. São visões diferentes do mesmo problema. Ninguém é dono da verdade. Eu não sou. Temos um conjunto de informações que nos levam a ter conduta de cautela”, declarou.

O ministro fez uma espécie de balanço sintético de sua gestão e ressaltou que o ministério fez um “trabalho elogiado” por órgãos como Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Banco Mundial. Ele avaliou que o trabalho do ministério foi “bem” e contribuiu, juntamente com outros gestores e com a sociedade, para “achatar a curva” do contágio do coronavírus. (Agência Brasil)