O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu com veemência nesta sexta-feira (01/05) suas ações e da entidade que lidera no contexto da pandemia de covid-19, classificando como “bem oportuna” a declaração de emergência de saúde internacional em 30 de janeiro de 2020.
Esse comunicado teria sido feito de forma a dar “suficiente tempo para o resto do mundo reagir” à propagação do coronavírus, pois naquele momento só havia fora da China 82 casos e nenhuma morte, afirmou o profissional de saúde etíope, numa coletiva de imprensa virtual a partir da sede da organização em Genebra.
A OMS, que procura orientar a reação global à pandemia, utilizara os dias anteriores à declaração de emergência para visitar a China e se informar mais sobre o vírus, prosseguiu Tedros. Durante essa visita, foi também fechado um “acordo pioneiro” com as autoridades chinesas para enviar investigadores ao país asiático.
Indagado sobre as relações da OMS com seu maior doador, os Estados Unidos, o diretor-geral de 55 anos limitou-se a comentar: “Na verdade, estamos em contato constante e trabalhamos juntos.”
Em meados de abril, o presidente americano, Donald Trump, anunciou a suspensão pelo menos temporária das contribuições de seu país à entidade, acusando-a de “encobrir” a pandemia de coronavírus. Paralelamente, Trump minimizou a gravidade da doença e fez deferências injustificadas à China.
Leia mais em Deutsche Welle