Porto Alegre, sexta, 20 de setembro de 2024
img

'Quem vai julgar o presidente é o futuro, não eu', diz Teich sobre condução da pandemia; Folha de São Paulo

Detalhes Notícia
Ex-ministro disse que 'desalinhamento' sobre uso da cloroquina levou à sua demissão. Pedro Ladeira/Folhapress

 

 

O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, disse neste domingo (24) que sua saída do cargo ocorreu por “desalinhamento” com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a ampliação do uso da cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento do coronavírus.

“Quem vai julgar o presidente é o futuro, não vai ser eu. Meu papel era traçar um caminho [para o combate à pandemia], mas não houve convergência com o presidente e eu não vou julgar ninguém”, disse Teich em entrevista à Globo News.

O médico oncologista pediu demissão do cargo em meio ao aumento de casos e mortes pelo coronavírus e em um momento em que Bolsonaro pressionava o Ministério da Saúde para recomendar o uso da cloroquina no tratamento de pacientes, mesmo sem comprovação científica de sua eficácia.

Teich defendeu que o ministério reveja o documento publicado em 20 de maio, em que amplia a possibilidade de uso dos medicamentos para pacientes com sintomas leves do coronavírus. O próprio texto reconhece que não há evidências suficientes de eficácia e o termo de consentimento do uso em paciente cita risco de agravamento da condição clínica.

Leia mais na Folha de São Paulo