O desempenho das vendas nos primeiros estados a reabrir o comércio após o início da pandemia no novo coronavírus indica que a retomada da economia será lenta, com consumidores preocupados com o risco de contaminação e de perda do emprego.
Ainda não há estatísticas consolidadas, mas a Folha falou com representantes dos lojistas, dos trabalhadores e especialistas para entender o que as primeiras semanas de lojas abertas em alguns estados dizem sobre o comportamento do consumidor e expectativas para o resto do ano.
Em geral, os volumes de vendas estão abaixo da metade da média registrada antes da pandemia, e o foco ainda são produtos de primeira necessidade. As indústrias mais afetadas pelo fechamento das lojas, como têxtil e eletroeletrônicos, ainda não viram novas encomendas.
“As vendas ainda estão bem aquém do normal”, diz Marcelo Balocchi, presidente da Fecomércio-GO (Federação do Comércio do Estado de Goiás). “Tanto pela situação econômica, insegurança sobre o emprego, quanto pelo receio de contaminação.”
Goiás foi um dos primeiros estados a relaxar as restrições ao comércio, em 20 de abril. A capital, Goiânia, porém, manteve restrições. Balocchi estima que as vendas nos municípios do interior se situem hoje em torno de 50% da média de antes da quarentena.
Leia mais na Folha de São Paulo