Porto Alegre, sexta, 03 de maio de 2024
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À PF Weintraub nega racismo, alega ‘liberdade de expressão’ e ataca Partido Comunista Chinês; O Estado de São Paulo

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Ministro da Educação afirmou que publicação acusada de racismo era crítica ao governo chinês, uma 'ditadura comunista que despreza os princípios da democracia liberal', e não ao povo do País. O ministro da Educação Abraham Weintraub deixa depoimento em inquérito sobre racismo na Polícia Federal. Foto: Dida Sampaio / Estadão

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, atacou o Partido Comunista Chinês em documento entregue à Polícia Federal nesta quinta, 4, no inquérito que apura suposto crime de racismo. Segundo o ministro, as publicações questionadas na investigação eram críticas ao governo chinês, uma ‘ditadura comunista que despreza os princípios que regem uma democracia liberal’, e não ao povo do País. O documento foi obtido pela reportagem do Estadão.

“Não é possível que se afirme que a postagem se dirigiu a um povo. […] O povo brasileiro tem representantes eleitos, que formalmente agem em seu nome. O povo chinês não tem nada parecido, infelizmente. O que quer que o PCC (Partido Comunista Chinês) faça não pode ser tido como expressão da vontade popular chinesa, uma ditadura comunista de partido único que despreza os princípios que regem uma democracia liberal e o Estado de Direito, campeã de violações aos direitos humanos, o que inclui até mesmo genocídio em décadas passadas”, escreveu Weintraub.

O ministro é investigado por racismo após publicar um tuíte em que insinuou que a China vai sair ‘fortalecida da crise causada pelo coronavírus, apoiada por seus ‘aliados no Brasil’. A publicação usou uma imagem de personagens da Turma da Mônica ambientada na Muralha da China e substituiu a letra “r” pelo “l”, para fazer referência ao modo de falar do personagem Cebolinha, o que foi visto como insulto aos chineses.

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