A maioria dos porto-alegrenses tem uma história para contar envolvendo a Churrascaria Barranco. Com mais de 50 anos de trajetória, a tradicional casa atendeu inúmeras gerações de gaúchos, reunindo famílias e pessoas de diferentes times, ideias e classes sociais, sob as árvores da avenida Protásio Alves.
Mas, nessas cinco décadas, o Barranco se viu diante de seu maior desafio: em razão das medidas de isolamento social adotadas contra a pandemia da covid-19, a churrascaria teve de fechar as portas por 60 dias. Nesse período, readequações foram trabalhadas, e o negócio se preparou para a retomada, com a flexibilização das restrições.
Esse foi um dos temas abordados pelos sócios do restaurante, Elson Furini e Chico Tasca, que participaram do programa Outro Olhar, da Rádio Bandeirantes, transmitido neste sábado (13). Em conversa com o jornalista Cleber Benvegnú, os empresários relataram que, mesmo com a crise, seguem otimistas. “As dificuldades nos tornam mais fortes. Carregamos no DNA a fé, a esperança e a dedicação”, relata Chico.
Durante esses dois meses, o Barranco atendeu apenas por delivery, além de garantir o emprego de seus 100 funcionários. “Foi assustador no começo. Lembro até hoje quando o Elson reuniu todos os colaboradores. Fechamos sem saber quando voltaríamos. Mas não demitimos ninguém”, acrescenta Chico Tasca. Nesse período, a equipe passou por treinamentos para atender aos clientes com todas as seguranças sanitárias, primando sempre pela qualidade que é marca do negócio.
Trabalhando com apenas metade da capacidade, conforme determinam as medidas sanitárias, o Barranco começa a receber de volta seus fiéis clientes. “Ficamos felizes ao ouvir que estavam com saudade daqui. Eles têm a confiança, sabem da nossa responsabilidade. Isso nos dá combustível para trabalhar”, afirma Elson Furini.
Os sócios reforçam que, apesar da crise, é necessário manter o otimismo — e recomendam que os empreendedores busquem sempre inovar. “Nunca desanime. Se reinvente, mas não se entregue. O Brasil depende de nós que trabalhamos. E isso tudo vai passar”, recomenda Elson. “Acreditamos no país. É aqui que vamos seguir produzindo e construindo. Para quem está começando, tem que gostar do que faz, se dedicar. E saber que há momentos de tempestade, mas também de bonança”, conclui Chico.