Porto Alegre, quinta, 19 de setembro de 2024
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Movimento antirracista: L'Oréal vai retirar termos como “clareador” de seus produtos; RFI

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O grupo L'Oréal, sediado em Paris, anunciou neste sábado, 27 de junho de 2020, que ira retirar termos como "branqueador ou clareador" da descrição de seus produtos. AFP/Archivos

 

 

A gigante francesa do setor de cosméticos L’Oréal decidiu remover alguns termos, como “clareador”, da descrição de seus produtos, em um contexto mundial de protestos antirracismo. A decisão foi anunciada neste sábado (27). Após as manifestações contra a morte de George Floyd nos Estados Unidos, várias marcas internacionais decidiram rever sua estratégia de marketing e identidade visual.

“O grupo L’Oréal decidiu remover os termos branco/branqueador (white/whitening), claro/clareamento (fair/fairness, light/lightening) de todos os seus produtos destinados a homogeneizar a pele”, afirmou a empresa no comunicado publicado em inglês, sem dar mais detalhes. Não se sabe ainda, por exemplo, se os produtos serão retirados imediatamente das lojas. No Brasil, por exemplo, a marca comercializa o produto RevitaLift, um fluido corretor “clareador” que “além de oferecer uma ação antirrugas e mais firmeza, auxilia no clareamento da pele”.

A decisão foi tomada depois que a filial indiana da Unilever anunciou na última quinta-feira (25) que mudaria o nome de seu creme para clarear a pele, “Fair&Lovely” (algo como “Clara&Bonita”), diante de uma campanha considerada racista. A multinacional anglo-holandesa do setor de alimentação e cosméticos prometeu não usar mais o termo “claro” (“fair”), afirmando estar “comprometida com celebrar todos os tons de pele”.