Porto Alegre, sexta, 18 de outubro de 2024
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Porto Alegre: “Ou diminuímos a circulação de pessoas ou nos encaminhamos para o lockdown”, alerta Marchezan

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Em live com o secretário de Saúde, Pablo Stürmer, prefeito fez um apelo à população para que respeite o isolamento social. Captura de Tela/PMPA

 

 

O prefeito Nelson Marchezan Júnior fez um apelo aos porto-alegrenses no início da noite desta sexta-feira, 17, para que respeitem o isolamento social e evitem a última ferramenta possível: o fechamento total da cidade. Pela página do Facebook da Prefeitura de Porto Alegre, Marchezan e o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, apresentaram os dados da pandemia e esclareceram dúvidas e boatos sobre o novo coronavírus. Mais cedo, o prefeito já havia conversado por videoconferência com representantes dos hospitais e entidades empresariais.

Marchezan explicou que a Capital conta com uma boa estrutura hospitalar e reconheceu o esforço das instituições de saúde na ampliação de mais de 200 leitos de UTI nos últimos meses. “Até hoje ninguém ficou sem atendimento adequado, mas os hospitais estão no seu limite de recursos humanos”, diz o prefeito. Ele explica, ainda, que jamais existirá uma oferta de leitos de UTI do tamanho que uma pandemia exige e que “nenhum lugar do mundo conseguiu este controle”, observa.

Segundo o prefeito, no início de junho a rede de saúde registrou uma grande demanda por atendimento de pacientes contaminados e não está mais conseguindo segurar a contaminação. “As medidas restritivas não foram capazes de diminuir a circulação de pessoas. Entendemos que as pessoas estão cansadas psicologicamente e os negócios com suas capacidades no limite, mas cada medida adotada leva 15 dias para ter reflexo”, diz.

No início da tarde desta sexta, dos 748 leitos de UTI em operação em de Porto Alegre, 649 (90,14%) estavam ocupados e 259 (34,63%) deles eram por pacientes em tratamento de Covid-19. O número de óbitos em Porto Alegre chegou a 200 nesta sexta.