Porto Alegre, sexta, 26 de abril de 2024
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Porto Alegre: A face menos amarga da crise: coronavírus impulsiona entrega à domicílio de alimentos orgânicos; Sul 21

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Localizada na Zona Sul de Porto Alegre, a Hortalícias quadruplicou as vendas durante a pandemia do coronavírus. Foto: Arquivo Pessoal

 

 

Aos 70 anos de idade, a produtora Luiza Sirlei de Barcelos tem quase metade da vida dedicada a vender na feira os produtos orgânicos cultivados no Sítio da Branquinha, em Viamão. São 28 anos expondo na Feira dos Agricultores Ecologistas, na Avenida José Bonifácio, em Porto Alegre. A rotina é pesada. Quem passa pela banca e vê os produtos bonitos, limpos e embalados, normalmente desconhece a dimensão do trabalho por trás de cada alimento. A feira começa mesmo dois dias antes, com a seleção e preparo dos alimentos que estarão à disposição dos clientes no sábado.

O dia da feira tem início ainda na escuridão, às 3h da madrugada, tempo necessário para sair de Viamão e preparar tudo até as 7h, quando a feira abre. E então, é ficar de pé e bem atender até 13h. “A teoria é uma coisa, a prática é outra. É duro. Ver o saco de aipim bonito, orgânico, é uma coisa, agora até ele chegar na feira…”, comenta Luiza.

Eis que em março de 2020 a pandemia do novo coronavírus se abateu sobre Porto Alegre e a rotina de quase 30 anos teve que ser alterada bruscamente. Integrante do grupo de risco devido à idade, ela se afastou da feira. Coube ao filho e ao neto assumirem a tarefa e manter os produtos do sítio chegando ao consumidor.

Se a crise do coronavírus tem imposto o confinamento de Luiza e seu marido, por outro lado abriu uma nova possibilidade de negócio. Tão logo tiveram início os dias de isolamento social, a família começou a receber pedidos de clientes conhecidos para entregar em casa os produtos cultivados. E assim foi feito. O Sítio da Branquinha passou a disponibilizar uma lista com os alimentos da semana, com entrega programada às sextas-feiras.

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