Porto Alegre, sexta, 26 de abril de 2024
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Guinada social de Bolsonaro tende a desidratar 'memória do lulismo', diz antropóloga; BBC Brasil

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Segundo Rosana Pinheiro-Machado, lançamento do Renda Brasil dá musculatura à reeleição de presidente. Direito de imagem GETTY IMAGES

 

 

O avanço de Jair Bolsonaro sobre a área social, foco dos governos petistas, com o lançamento de um novo programa de transferência de renda, tende a desidratar ainda mais a “memória do lulismo” entre as camadas mais pobres da população ao mesmo tempo em que dá musculatura à sua reeleição.

Essa é a opinião da antropóloga Rosana Pinheiro-Machado, professora do Departamento de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Bath, no Reino Unido, e autora do livro Amanhã vai ser maior (Editora Planeta, 192 pp, 2019), em que investiga o período que vai das Jornadas de Junho de 2013 até a vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018.

Pinheiro-Machado é um estudiosa do bolsonarismo e vem pesquisando, desde as últimas eleições, como moradores de periferias do Sudeste e Sul do Brasil, antes eleitores do PT, se converteram a apoiadores de Bolsonaro.

Segundo ela, há um tripé que sustenta o bolsonarismo, formado por “punitivismo, família e assistência social”.

“O punitivismo se refere à abordagem de Bolsonaro sobre segurança pública. Já a família são os valores e costumes conservadores, que se aliam à base religiosa. Por fim, a assistência social se manifesta nas políticas de transferência de renda”, diz ela à BBC News Brasil.

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