Porto Alegre, terça, 07 de maio de 2024
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Avô nazista, neto embusteiro; Deutsche Welle

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Neto de Rudolf Höss, comandante de Auschwitz, se mostrava como alguém disposto a refletir sobre os horrores do nazismo. Mas, na verdade, tentou ganhar dinheiro com o passado tenebroso de sua família. Rudolf Höss, ao centro em destaque, nos arredores do campo de Auschwitz em 1944.@picture-alliance/AP Photo/USHMM

 

 

Rainer Höss levava uma vida discreta até dez anos atrás como cozinheiro em Baden-Württemberg, no sul da Alemanha. Não havia nada de particularmente incomum sobre o homem de 55 anos – exceto que ele é neto de uma das figuras mais monstruosas da ditadura nazista.

Seu avô Rudolf Höss ajudou a construir o campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau e o liderou como comandante por mais de três anos, de maio de 1940 a novembro de 1943. Mais de um milhão de pessoas, principalmente judeus, foram mortas lá até 1945, em escala industrial. Como um criminoso de guerra, Rudolf Höss foi condenado à morte em 1947 e levado à forca no local do antigo campo de concentração.

Vários filhos e netos de figuras importantes do regime nazista se confrontaram com sua história familiar. O jornalista e autor Niklas Frank, por exemplo, se debruçou impiedosamente sobre as atrocidades cometidas por seu pai, Hans Frank, que, como “governador-geral” na Polônia ocupada pela Alemanha, esteve envolvido em vários crimes de guerra.

Mas o caso de Rainer Höss parece ser diferente: suspeita-se que o trabalho de relações públicas feito por ele em torno do nome e do passado do seu avô tenha sido impulsionado por um anseio por reconhecimento e interesses financeiros.

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